Conheça os principais tipos de glaucoma e saiba quais as características clínicas de cada um
Os tipos de glaucoma são condições clínicas que afetam a saúde dos olhos, prejudicando de forma progressiva e até mesmo permanente a qualidade da visão do indivíduo, sendo umas das principais causas de cegueira irreversível no mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Essa doença consiste no aumento da pressão intraocular, que por sua vez irá causar lesões no nervo óptico. Esse nervo, quando lesionado, perde a sua capacidade total de transmitir a imagem para o cérebro, para que seja interpretada.
Assim, com a evolução dos tipos de glaucoma, em especial quando não é feito o tratamento adequado, o paciente pode apresentar perda completa da visão.
Essa doença é subdividida em 4 tipos principais:
Tendo em vista a grande importância clínica que essa condição possui, compreender mais sobre essa doença e sobre os sintomas associados a ela.
Confira a seguir algumas características de cada um dos tipos de glaucoma.
Dentre os 4 tipos principais, o de ângulo aberto é o mais comum, ocorrendo em cerca de 80% dos casos. Também chamado de glaucoma crônico ou primário, essa condição decorre da obstrução lenta e progressiva dos canais que drenam os líquidos presentes nos olhos.
Com esse prejuízo na drenagem, há um acúmulo de líquido que acaba por aumentar a pressão intraocular ocasionando as lesões sucessivas no nervo óptico.
Diferente dos outros tipos de glaucoma, o de ângulo aberto apresenta como principais sintomas:
Por possuir um caráter mais insidioso, ou seja, mais lento, essa condição tem como característica ser assintomática nas fases iniciais. Primeiramente, há um prejuízo da visão periférica. Mas com a evolução da doença e falta de tratamento adequado, os sintomas progridem e podem cursar com a cegueira completa.
Dentre os 4 tipos, podemos destacar também o glaucoma de ângulo fechado, conhecido também como agudo. Essa condição, ao contrário da anterior, apresenta uma evolução muito rápida devido ao surgimento abrupto de hipertensão intraocular.
Isso acontece porque há uma interrupção súbita da drenagem de líquido no olho, aumentando o acúmulo de líquido e podendo causar cegueira completa em questão de horas.
Graças a essa característica mais aguda, esses tipos de glaucoma de ângulo fechado possuem como sintomas comuns:
Vale destacar que essa condição é uma emergência, sendo necessário buscar atendimento médico o mais rápido possível.
Além dos tipos citados anteriormente, vale destacar os glaucomas secundários, que como o próprio nome sugere, são ocasionados por doenças e outras condições oculares que prejudicam a drenagem de líquidos nos olhos.
Alguns exemplos de condições inflamatórias que podem estar relacionadas ao surgimento desses tipos de glaucoma são: catarata, avançadas, lesões nos olhos, cirurgias oculares prévias, presença de tumores, além dos uso de determinadas medicações, em especial os corticosteróides.
Esses tipos de hipertensão ocular não costumam gerar sintomas característicos, sendo geralmente diagnosticados em fases mais avançadas.
Para finalizar o tema dos principais tipos de glaucoma, vale destacar a hipertensão ocular congênita. Trata-se de uma doença rara, de caráter hereditário e que normalmente é diagnosticada ainda na infância, em especial no Teste do Olhinho, realizado logo após o nascimento do bebê.
Geralmente esses tipos são associados a malformações nos canais de drenagem oculares, ocasionado sinais clínicos e sintomas desde a infância. Os principais sintomas relatados pelos pacientes são:
Nesses casos, o diagnóstico precoce tem um papel fundamental para o prognóstico do paciente, podendo impactar positivamente na qualidade de vida e na visão do indivíduo.
O diagnóstico pode ser feito a partir da realização de alguns exames, como:
Para os diferentes tipos de glaucoma, o tratamento de base consiste na utilização de colírios específicos que devem ser indicados por um oftalmologista especializado. Esses colírios tem como principal objetivo reduzir a pressão intraocular, reduzindo o risco de lesões sucessivas no nervo óptico.
É importante destacar que essa doença não possui cura e deve ser diagnosticada e tratada precocemente para que a perda total da visão não aconteça.
Caso possua algum desses sintomas, consulte um oftalmologista o quanto antes!